EVERALDO LEITE
economista e articulista do Jornal Opção
Imagine uma lesma — você sabe, um molusco, como também a lula o é — sobre o piso da calçada. Ela precisa se mover um metro, em linha reta, até chegar no melhor lugar para a alimentação. Só que o comportamento dessa lesma é estranho. Ela se locomove sempre metade do necessário para alcançar o seu objetivo. Primeiramente move-se 50 centímetros, num segundo momento apenas 25 centímetros, depois 12,5 — e assim por diante. Chega uma hora em que, embora continue o seu atômico deslocamento rumo à fonte de alimento, parece não estar mais se locomovendo. Pergunto: quando é que a lesma vai atingir a sua meta? Talvez nunca.
O parágrafo acima é uma ilustração vulgar do que ocorreu no Brasil. Quando, no início da década de 1970, apresentou crescimentos expressivos de seu PIB, parecia estar dando uma arrancada inexorável rumo ao desenvolvimento. O período conhecido por “milagre brasileiro” foi caracterizado pelo seguinte comportamento do PIB: em 1970, cresceu 8,3 por cento, em 1971, 11,3 por cento, em 1972, 12,1 por cento, até que em 1973 chegou a 14 por cento — na realidade, taxas sem precedentes na história econômica do país. Os orgulhosos brasileiros ficaram afoitos e ufanos, porém ainda não sabiam que naquele instante mergulhavam de cabeça, junto com a maior parte da América Latina, num processo “lesma” de desenvolvimento que se arrastou pelas décadas de 1980 e 90, até desembocar no governo do metalúrgico Lula, quando se pensou que algo nesse sentido pudesse mudar. O resultado é que a taxa média de crescimento do produto dos últimos 25 anos foi de vergonhosos 2,5 por cento ao ano.
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11 comentários:
...é a coisa tá assim. Pode ficar pior. Deus do céu, que pesadelo!
Abraços
Vou delirar aqui,SARAMAR,mas depois que os milicos se mandaram,TODOS os presidentes pedem a benção aos EUA.E a eles não interessa que cresçamos.
Logo...
Beijos!
Querida, vou repetir o do outro blog
Este é mais um aviso do que um comentário. Peço desculpas se não visito meus amigos na medida que gostaria. É que infelizmente o problema da minha mão direita retrocedeu. Voltei às sessões de fisioterapia (+ 15). Consigo visitar um a três blogs por dia e tenho que interromper. Isso não impede que leia os blogs. Por outra, só não fechei o blog da santa ainda é porque minha indignação é maior do que a dor física. Bjs. E um Bom domingo!
Saramar.
O artigo é excelente.
E ainda fica uma questão no ar: qual dos Generais-Presidente ficou rico após o mandato ?
R: NENHUM.
Bjs,
É verdade amiga... este país precisa acordar e deixar para trás essa tendencia invertebrada de encarar seu destino. Pena que iremos reeleger esse molusco desgraçado.
Além de tudo corrupto...
Bjosss
Saramar, assino embaixo do comentário do alexandre, the great.
Beijo
Saramar, o "milagre brasileiro" foi causado por investimento maciço de dinheiro público, custeado por elevadas dívidas internacionais. Não existe nenhum caso onde este tipo de ação conseguiu sustentar um país. Tanto é que tivemos a tão famosa década perdida, que foram mais de dez anos mas ninguém estava contando. Tenho minhas dúvidas sobre o enriquecimento dos generais mas tenho certeza que seus assessores encheram a burra de dinheiro. Que o diga o Delfim e outros deste naipe.
Eu afirmo que nunca houve um governo que cuidasse de verdade do nosso país. O citado governo dos generais promoveu um falso crescimento, na medida que priorizou os investimentos nas classes mais altas da sociedade e não fizeram quase nada pelas camadas mais humildes. Um barril de pólvora que explodiu décadas depois. Quanto ao Lula, é somente mais um enganador.
Saramar,
deve-se realmente, inclusive, acusar uma movimentação estranha na caserna. Esse país é um pouco autoritário sempre e com Lula chegou ao ápice, nem os militares seriam tão prepotentes.
Abs, Carlos
www.euodeiolula.blig.ig.com.br
Não adianta, depois do escandalo dos envolvidos serem petralhas ligados diretamente ao lulla, minha fonte me informou que lulla está com 63% dos vótos válidos. Alckmin 33%. Tritse país este.
É. O artigo é de primeira e estou com o meu amigo Alexandre. No mais, só vou acreditar em outra coisa no dia 29 vendo. Ainda boto fé no 45.
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