Foto: Folha Imagem
Estou combinando aqui com a família, a data melhor em que sairei de casa para unir o útil ao agradabilíssimo. Vou me dedicar ao negócio das invasões de prédios públicos, atividade em franco crescimento, capaz de influenciar o PIB do país.
Já me informei. Quando você invade um prédio público, pode fazer o que bem entender lá dentro, até vender cerveja. Funciona assim: você cria um bordão qualquer, ou uma "pauta de reivindicações" para a mídia e, ao mesmo tempo, fatura seus trocados, que ninguém é besta de ficar só reivindicando. Basta ver os companheiros do partido oficial. Enquanto reivindicavam, eram meros "trabalhadores". Hoje, são os donos do mundo e, além do mais, perfeitos. Quase anjos, tanto que moram "lá pertinho do céu".
Voltando ao que interessa, descobri também que na profissão de invasores de prédios públicos, passa-se rapidamente à condição de vítima, quase como aqueles meninos que matam, estupram, roubam e vendem drogas, coitadinhos. Quase, eu disse quase. Aqueles meninos são imbatíveis no quesito vítima da sociedade cruel e desigual.
Todo os invasores de prédios públicos são vítimas de alguma coisa, mesmo que estudem nas melhores escolas do país ou morem em lindos apartamentos de bairros nobres de grandes capitais. Daí, meus queridos, decorre que nada acontecerá com os abnegados integrantes deste ramo de negócio. Nadinha. Vítimas não devem ser punidas, sequer podem ser interpeladas por seus atos neste país de coitadinhos.
Podem quebrar, destruir, emporcalhar, perturbar, impedir o trabalho de quem trabalha, usar equipamentos comprados com dinheiro público para divulgar suas "ações", etc. Podem até transformar dependências de prédios públicos em sucursais de sindicatos e partidos políticos. Tudo é permitido.
Então, amigos, não é a glória? Este é o filão. Se você se cansou de trabalhar e pagar impostos indecentes, faça como eu: saia de casa e venha se dedicar à mais rentável das profissões.
Se, por um desses acasos da vida, você ainda conseguir impedir a fiscalização sobre como é gasto o dinheiro do seu imposto na invadida, pronto! Terá ganho o dia, o mês, o ano, quiçá o mandato.
Quem quiser me acompanhar, venha. Logo seremos multidão e sindicatos, ongs, excelências e outros bichos baterão à nossa porta para nos "apoiar".
Quem quiser me acompanhar, venha. Logo seremos multidão e sindicatos, ongs, excelências e outros bichos baterão à nossa porta para nos "apoiar".
E, com um detalhe adicional: se a justiça se virar contra você, na tentativa de fazer cumprir a lei, ignore-a. A polícia não vai mesmo fazer nada. Não há tradição nesse sentido, entende?
19 comentários:
Se sarcasmo matasse, teria gente fedendo hoje, né?
Sara, você sabe minha opinião: sou contra a militância pseudo-política, que tenta e tenta se enquandrar na condição de "vítima da sociedade", ou pior "produto da sociedade imperialista".
Aqui no interior tem um chicote que é feito de pinto de boi...ótimo remédio para "ações igualitárias".
invasão é um metodo dos mais questionáveis , né não ???
quanto ao ciro boçal gomes , motivo do meu blog, digo que pior querida saramar é ver essa escória do pSB sem propósito ou ideologia falando em socialismo e igualdade... e a erundina dentro dessa canoa furada... que tristeza...
Boa brincadeira Saramar,
Eu acho que nesses casos a melhor coisa seria manter a imprensa longe, mandar o choque entrar e fulizar a metade nos invasores (no mínimo), ameaçar de fuzilar a família dos que restarem se alguém for na imprensa e fulizar o jornalista que ousar falar sobre o assunto. Isso te lembra alguma coisa? Triste né, mas parece que a galera por aqui não tá preparada pra ter tantos direitos.
Um beijo
Invasores morando em bairros nobres. Basta ver Bruno Maranhão, pertecente à uma das família mais aristocratas do Pernambuco, rico e chefe das invasõeos. E ficando mais rico, pois sua ong Recbe subvenções do governo.
cheiros
Saramar,
invadir prédio público dá muito trabalho. vamos fundar uma ONG, aí sim vamos ter um vidão! seguiremos os passos do 1) Al Gore que gasta em sua casa mais energia elétrica a cada mês do que um americano médio durante um ano ou 2) daquele pessoal que vinha aqui pra Porto Alegre durante o Fórum Social Mundial assistir show de graça e fumar maconha com o pôr-do-sol do Guaíba como paisagem, ou ainda, 3) arrancar árvores de uma área de replantio e pesquisa, como fez a Via Campesina, justamente no Estado que tem a legislação mais rigorosa e avançada do país para essa atividade. só precisamos caprichar no discurso sobre sustentabilidade e tá feito! puxa, são tantas as opções que fico até tonto. a "indústria" do Terceiro Setor nos oferece um mundo repleto de oportunidades!
beijos!
Saramar,
Não é que você tem toda a razão? Uma consultoria de invasões... aí está a profissão do futuro; pelo menos aqui em Bananolândia. Um ramo de atividades sem limites, sempre existirá algo público para ser invadido. Mais ainda; é preciso ser apartidário, assim fica-se à vontade para depredar qualquer coisa. Agora eu percebo porque as obras do Niemeyer são só concreto: é difícil destruir por completo. Não fôsse assim eu começaria pelo Memorial da América Latina.
SDS.
Tudo isso com cobertura exclusiva e apreciativa da TV LULA LÁ!
Saramar,
Isso é tipo um MST urbano, hehe.
Grande abraço.
E eis que surge mais uma profissão: "invasor profissional"!
E as subdivisões como "invasor senior", "invasor júnior" e "invasor mirim"!!
E vocês falam que o governo não cria empregos!!!
humm, eh verdade..... me juntarei a vcs.....
pra q trabalhar e estudar neh?!
Quando eu estudava, volta e meia algum palerma do Centro AcadÇemico resolvia que em certo dia, não haveria aulas para protestar contra qualquer coisa... e depois, sempre tinha festa com MUITA cerveja pros imbecis que matavam as aulas.
Tudo bem, eu era CDF, mas essas coisas só aconteciam, porque o diretor da faculdade passava a mão na cabeça dos m... do centro acadêmico, e o reitor também, e quando o Diretório Central dos Estuidantes invadia a reitoria e transformava aquilo num bordel, a polícia nem chegava perto e quem se fartava era a imprensa sensacionalista aqui de Curitiba.
O resultado era um monte de boizinhos imbecis lotando o estacionamento da reitoria com seus carrões, arrotando socialismo e bordões de cunho social, mas com o intuito de se exibir pras gatinhas piranhas que estavam sempre por perto.
Quero dizer com isso que essa gente não tem ideal nenhum. São de esquerda hoje, porque é moda, amanhã, passam para a direita e depois voltam para a esquerda. E só fazem isso, porque no Brasil não é só esse tipo de invasor que é protegido, isso aí é apenas mais um aspecto de um ENORME problema estrutural do país: O MAIS COMPLETO DESPREZO PELA LEI, QUE EXISTE EM TODOS OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE!
Acredite, Saramar, essas invasões não são obra apenas dos esquerdofrênicos do PT e adjacências, tem muita gente que se diz "de direita" se fartando nelas também, aproveitando a leniência das autoridades... basta lembrar que a USP é do estado de São Paulo, governada por José Serra... por que ele não agiu diferente nesse caso, do que age o presidente Lula quando a questão é federal?
Como diria o Aluízio: " fogo nos botocudos ".
Bom finde...
Alexandre, The Great
Olá Saramar:
Excelente chamada de atenção para um problema que tem que ser urgentemente "cortado" pela raiz sob pena do efeito "bola de neve" o tornar imparavel.
Cá por estas bandas há uma canção com o sugestivo título:
- "Onde pára a polícia"
... parece que o termo terá aí muito propósito.
Um beijo muito amigo,
Invadir é um acto de básica civilidade...
Os teus pés são navegantes na espuma, o teu cabelo dança em descuidada ironia, suave viagem de ondulante onda em tua boca, duas sílabas sopradas em mágica melodia…
Bom domingo
Doce beijo
Ainda dá tempo de pegar essa "boca"?
Oh Brasil sem jeito..os invadores deveriam ir presos..e pagar pelos danos...bom domingo...
Saramar, o problema é que o Serra não pode fazer nada. A USP é autônoma. Só a Reitora pode pedir providências. E parece que ela pediu.
Obrigado pela lembrança. E aguarde o concurso. Estou preparando a produção. Será um páreo duro.Todas as candidatas selecionadas preenchem os quesitos do concurso.
Penso em me casar.
Alguém sabe de uma mansão boa para invadir?
É que a noiva é exigente, sabe, né!
repudio esse tipo de atitude, contudo parece que chefe máximo e amigos compactuam com essas invasões
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