CPMF, NÃO

“A moralidade exige a proporcionalidade entre os meios e os fins a atingir;
entre os sacrifícios impostos à coletividade e os benefícios por ela auferidos;
entre as vantagens usufruídas pelas autoridades públicas
e os encargos impostos à maioria dos cidadãos".
Maria Sylvia Zanella Di Pietro

Relacionados à CPFM, os episódios explícitos de chantagem, de compra de parlamentares, de ameaças e vociferações na mídia, todos eles originados de entes que se dizem governo (?) vão de encontro à propaganda oficial que mostra à população um país que nada em águas plácidas.

De um lado, o governo (?) e seus aliado$ afirmam que o mundo vai acabar no mesmo dia em que acabar a CPMF. De outro, os acólitos provam todo dia que não existe, na história do planeta, país melhor que o Brasil com crescimento, emprego, redução da miséria, “saúde quase perfeita”, blábláblá.

Coroando essa mixórdia, Lula da Silva, tal qual o louco bolivariano, desrespeita todos os políticos (que não andam merecendo respeito nenhum, é bom lembrar) e a inteligência do povo, ao afirmar que só sonegador teme a CPMF.

Antes já havia dito que os ricos são contra o imposto porque só eles pagam CPMF, mentindo propositalmente, na milésima tentativa de dividir o povo brasileiro, estratégia perigosa e irresponsável porque sempre acaba em tragédia, como estamos vendo na Bolívia.

Ora, Lula da Silva conhece o pernicioso efeito cascata da CPMF (que, inclusive a torna ilegal) sobre toda a cadeia econômica, penalizando muito mais os pobres que os ricos. Sabe e engana a população menos esclarecida, com o objetivo claro de semear a discórdia e a divisão.

Ademais, um estudo do próprio governo sobre os efeitos da CPMF na economia do país concluiu que este imposto, entre outros efeitos:

"• eleva o valor das taxas de dividendos e de juros reais de maneira desproporcional a outros impostos;

• afeta o nível de equilíbrio do estoque de capital, da produção e dos salários de maneira desproporcional à sua arrecadação;

• tributa desproporcionalmente o contribuinte zeloso e o investimento, enquanto majoraria juros e dividendos, prejudicando o tomador de crédito e o arrendatário de capital;

• parte da arrecadação gerada pela CPMF seria fictícia, pois os gastos dos governos também subiriam devido à elevação das taxas de juros reais;

• desincentiva a expansão do mercado de crédito e tem possivelmente causado transferência de recursos financeiros de mercados brasileiros para outros países".

Em vista desses fatos, a única explicação para a veemente defesa de tal tributo por parte do lulo-petismo é a que já foi dada pelo próprio Lula da Silva: governar é gastar. Para se manter no governo, sem governar e quem sabe, para conseguir o terceiro mandato, é necessário haver muito, muito dinheiro. Esta é a finalidade da CPMF.