RESPEITAR AS LEIS?


Luiz Inácio Lula da Silva é uma pessoa muito importante no Brasil e no mundo. Tem milhares de admiradores, sem aparecer no BB ou em alguma página onde se vendem carnes jovens e frescas (nem poderia, né?).

O que Luiz Inácio diz tem mais força que as declarações de alguma celebridade indicando nova dieta ou explicando como seu tálamo se assemelha à Sapucaí em segunda feira gorda de carnaval.

Ciente desta importância toda, Luiz Inácio Lula da Silva nunca fala em vão, ainda que a maioria de suas palavras pareça o exercício de algum desvairado Chavez cuja nuance verde-amarela insiste em escorrer sob a vigorosa cor vermelha.

Luiz Inácio Lula da Silva, que tanto gosta de se comparar a outros, que julga maiores que si, bem que poderia mirar-se em algum democrata verdadeiro que, acima de qualquer interesse individual, defende a democracia, em atos e palavras, principalmente naquilo que dá vida e substância real a este regime: o respeito às leis.

Porém, talvez por se julgar tão grandioso e, certamente por não encontrar no contexto político quem o coloque diante de si mesmo, diante daquele que nada sabe e nada vê, Luiz Inácio Lula da Silva nega a letra da lei, ridicularizando aqueles que a criaram, aqueles que por ela trabalham e aqueles que a aplicam.

No momento, Luiz Inácio Lula da Silva desempenha o papel de presidente da república. No momento, ele não deveria ser o petista, o companheiro, ou o sindicalista. Como presidente da república, sua primeira e mais importante obrigação é garantir a manutenção da democracia, conforme dispõe a Constituição brasileira e conforme ele jurou ao ser empossado.

Na prática, garantir a democracia significa cuidar para que as leis do país sejam respeitadas e cumpridas, desde que garantam os direitos dos cidadãos. Luiz Inácio Lula da Silva, porém, julgando-se imenso, que se sobrepor às leis, quer menosprezar o seu cumprimento e enterrar, sob suas palavras bem dirigidas, a legalidade e a ética. Ele deixou claro: os companheiros não cometem crimes, apenas "falhas administrativos".

Na posse do novo ministro da secretaria cuja existência já constitui uma ilegalidade, por se basear no racismo mais explícito, desrespeitando a Constituição, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a prevaricação confessa de sua ministra Matilde não é crime: "Matilde sai do governo sem ter cometido nenhum crime. Teve apenas falhas administrativas".

Neste episódio, com nos anteriores, de Benedita, Berzoini, Gushiken, Dirceu, Palocci, Rondeau, Mares Guia (esqueci algum?), Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro de que lado está e desrespeitou as leis brasileiras, negando-as para defender seus companheiros quando, como qualquer cidadão, deveria defender sua aplicação, sob pena de não o fazendo, ser enquadrado na legislação que teima em desrespeitar.

O que dizer de um país que aceita calado que seu primeiro representante se deite sobre a justiça como morcego sinistro, para fazê-la minguar?

O que dizer desse país inane?

5 comentários:

Ricardo Rayol disse...

uma cooisa não podemos negar, eles são leais uns com os outros, mesmo sendo uma lealdade abjeta e fedorenta.

Anônimo disse...

Minha vontade é enorme de me mandar deste país de avestruzes,SARAMAR.
Pena que as portas estão,cada vez mais,se fechando para nós brasileiros.

Beijos!!

Alexandre, The Great disse...

"País"?
Que "país"?
Isto aqui?

Isto aqui não é país, é um "sputnik" de cuba.

Anônimo disse...

Sputnik?
Essa caçarola aí é do arco da velha.
Só faltou a Laika (?).rsrsrsrs
Boa Alexandre.

Anônimo disse...

Hans Kelsen, um pioneiro da ciência do Direito, dizia que Estado e Direito se confundem: o Estado tem por vocação avançar desmedida e continuamente sobre o poder e o Direito tem por vocação conter esse excesso. Diante disso, já dá pra entender, claro como a luz do dia, porque Lulla não quer um Estado Democrático de Direito. E não é ignorância - é má-fé, mesmo.