Imagem: Zerramos
Sobre o horário político “gratuito” na TV e no rádio, a cada nova eleição, fico me perguntando: para que serve? A quem serve? Quanto do dinheiro público é destinado a tal instituição? O que o povo pensa dela?
Os políticos e seus marqueteiros não têm coragem de fazer uma pesquisa que responda a estas questões e, se fizerem, não publicam, nem à custa de reza brava. Basta, porém, observar a reação dos parentes, colegas de trabalho ou dos amigos, para perceber que o horário político “gratuito” pode ser trágico, cômico ou irritante.
É trágico para quem sabe que, antes mesmo de eleger os “representantes”, já está pagando suas despesas, ao custear a campanha de indivíduos, conhecidos ou não, que surgem de alguma pantanosa entidade política prometendo mundos e fundos aos palhaços. O tanto que iremos trabalhar para sustentá-los depois de eleitos é o outro lado da carga que carregamos, nós, os burros.
É cômico porque (em meio às lágrimas) custa reprimir a gargalhada ao assistir ou ouvir os candidatos em seus nano-segundos de fama. O desfile de figuras patéticas e falsas -aqui e ali, entremeado de exóticos- é hilariante. Aliás, seria hilariante, não fosse a consciência do quanto seremos pessimamente representados.
Seria hilariante se não soubéssemos que tudo que dizem é lenga-lenga produzida por algum publicitário que, passadas as eleições, vai comer o pão que o diabo amassou para ver algum dinheiro (o que considero justo castigo). É o preço ideal a ser pago por quem ajuda a construir a mentira. Que vivam ou morram dela, sem receber pelo seu trabalho, assim como os eleitores vivem, ao eleger falsos representantes, recebendo apenas o desrespeito contínuo daqueles a que entregaram seu voto.
Infelizmente, para a maioria, o horário eleitoral “gratuito” não passa de algo irritante, que perturba a rotina, atrasando o início da novela ou do programa de rádio que dá prêmios aos ouvintes fiéis.
Felizmente, para os políticos, esta maioria que se preocupa com o destino da mocinha da novela, esquecendo a torpe realidade em que vivemos, é aquela que elege nulidades, que coloca no poder os desonestos, que troca seu voto por alguma esmola oficial. Para esta maioria, o horário político é irrelevante e irritante. Ela já tem dono.
A quem serve, então, o horário eleitoral “gratuito”, se tão caro custa aos cidadãos?
Os políticos e seus marqueteiros não têm coragem de fazer uma pesquisa que responda a estas questões e, se fizerem, não publicam, nem à custa de reza brava. Basta, porém, observar a reação dos parentes, colegas de trabalho ou dos amigos, para perceber que o horário político “gratuito” pode ser trágico, cômico ou irritante.
É trágico para quem sabe que, antes mesmo de eleger os “representantes”, já está pagando suas despesas, ao custear a campanha de indivíduos, conhecidos ou não, que surgem de alguma pantanosa entidade política prometendo mundos e fundos aos palhaços. O tanto que iremos trabalhar para sustentá-los depois de eleitos é o outro lado da carga que carregamos, nós, os burros.
É cômico porque (em meio às lágrimas) custa reprimir a gargalhada ao assistir ou ouvir os candidatos em seus nano-segundos de fama. O desfile de figuras patéticas e falsas -aqui e ali, entremeado de exóticos- é hilariante. Aliás, seria hilariante, não fosse a consciência do quanto seremos pessimamente representados.
Seria hilariante se não soubéssemos que tudo que dizem é lenga-lenga produzida por algum publicitário que, passadas as eleições, vai comer o pão que o diabo amassou para ver algum dinheiro (o que considero justo castigo). É o preço ideal a ser pago por quem ajuda a construir a mentira. Que vivam ou morram dela, sem receber pelo seu trabalho, assim como os eleitores vivem, ao eleger falsos representantes, recebendo apenas o desrespeito contínuo daqueles a que entregaram seu voto.
Infelizmente, para a maioria, o horário eleitoral “gratuito” não passa de algo irritante, que perturba a rotina, atrasando o início da novela ou do programa de rádio que dá prêmios aos ouvintes fiéis.
Felizmente, para os políticos, esta maioria que se preocupa com o destino da mocinha da novela, esquecendo a torpe realidade em que vivemos, é aquela que elege nulidades, que coloca no poder os desonestos, que troca seu voto por alguma esmola oficial. Para esta maioria, o horário político é irrelevante e irritante. Ela já tem dono.
A quem serve, então, o horário eleitoral “gratuito”, se tão caro custa aos cidadãos?
17 comentários:
Não sei a resposta,Saramar. Só sei que é a eleição mais desinteressante dos ultimos anos.
Beijos!
Huuum...
Não sei, mas desconfio que seja pra gente se divertir com os nomes dos candidatos a vereador...
Fulano (não lembro o nome) 'Louro José';
Alexandre ‘Beleza de Creuza’...
Eu e Mainha rimos muito ontem a noite...
Acredito que seja só pra isso mesmo, porque propostas concretas ainda não vi, só acusações...
Beijos
Os jovens brasileiros estão descontentes com os politicos, e só eles podem promover uma mudança para melhor nesse país.
Acredito na nossa juventude. Creio que só eles unicamente podem modificar o panorama que há hoje no cenário politico atual.
O que me preocupa são os 'dinossauros' (que não querem as reformas) e todas as suas artimanhas maquiavelicas para conduzir e se manter nesse país da 'forma como eles querem'.
Fiz um texto (não tão brilhante como o seu, é claro!) sobre esse assunto.
Quanto ao horário politico, é apenas mais uma chatice.
Algo que já está virando peça de humor. E quem paga é sempre o pobre.
Abraços
Poderia ser até útil se, os candidatos, na sua esmagadora maioria, fossem pessoas de nível intelectual alto, propiciando-se um debate de idéias que realmente levasse o eleitor ao devido raciocíno mas, o que vemos ai, não serve pra nada mesmo. Falou e disse Saramar.
Bom dia Saramar .. ruim com ele pior sem ele .. Viva o Horário Político .. pois alem de nos salvar das famigeradas novelas nos fazem conhecer as cavalgaduras que estão ai, e como dizem aqui no Rio, cada cidade tem os políticos que merece, ou as balas perdidas .. rsrsrsrsrs .. mas uma coisa eu te garanto .. a grande maioria dos que eu vi na telinha até agora não trabalhariam na minha empresa nem como faxineiros .. um beijo grande do amigo carioca .. guto leite..
WWW.chutandoobardi.blogger.com.br
Aliás, quem é que vai escolher um candidato só vendo aquele desfilar de rostos e nomes exóticos pela TV...
Um beijão.
Serve para as produtoras de vídeo elaborarem programas fantásticos, caríssimos. Ou não?
Seja como for, finalmente comprei um DVD Player, após o que passou a servir para eu assistir um filme enquanto não acaba a chatice.
Saramar
Que saudade de vc!
Concordo plenamente com vc!
Ando muito desanimada com a política!
Aparece e me linka amore!
elisabetecunha2008.wordpress.com
Achei interessante o titulo de seu artigo e fui dar uma navegada por aí. Encontrei um blog de um jornalista do interior de São Paulo que escreveu uma crônica interessante a respeito:
Onde você estava quando começou o horário eleitoral?
Eu não sei o que é que tanto reclamam do horário político. O que eu tava reparando é que esse negócio é até que bastante legal. Eu ando achando mesmo que poucas invenções nesse país fizeram tão bem para a população quanto esse horário político. Pois pode perguntar por aí pra você ver que eu não estou enganado. Pergunta aí, pra qualquer um que estiver do seu lado: o que é que você fez ontem durante o horário político? e você vai ver que o cara foi fazer uma coisa bem melhor do que estaria fazendo se não houvesse horário político. Porque se não houvesse horário político, continuaria todo mundo ali, na frente da televisão, hipnotizado. É, você já viu como fica a cara das pessoas quando elas estão sentadas na frente da televisão? Pois elas ficam hipnotizadas. Mas com o horário político não. As pessoas começaram a se levantar e procurar outra coisa pra fazer. Uns alugam uns DVD's e assistem uns filmes. Outros resolvem telefonar para uns parentes distantes. Outros colocam um sonzinho no aparelho e ficam cantando. Tem uns até que tem arriscado ler uns livros, veja você.
Outro dia desse mesmo, quando começou o horário político, eu saí aqui pra calçada na frente de casa para fumar um cigarrinho, e eu vi um monte de gente conversando. Achei até que tinha morrido alguém ou coisa parecida. Mas não. É que tinha começado o horário político e todo mundo tinha desligado a televisão e se levantado pra procurar alguma outra coisa pra fazer. E aí começaram a conversar com os vizinhos. Tinha até duas senhoras sentadas em cadeiras de balanço, fazendo tricô. Parecia até aquelas cidades de antigamente, quando todo mundo fazia isso. Tinha umas crianças jogando bola na rua, uns pais conversando de futebol, umas mães falando sobre os filhos que estão estudando fora. E as avós fazendo tricô. Parecia mesmo uma festa. Pena que durou pouco. De uma hora para outra, todo mundo foi sumindo pra dentro das suas casas, as velhinhas foram recolhendo suas cadeiras de balanço, e quando eu percebi eu estava lá, sozinho no meio da rua. Era o horário político que tinha acabado, e todo mundo já estava lá, sentado na frente das televisões, hipnotizados outra vez.
É por isso que eu te digo. Eu acho que o horário político não devia acontecer só nas épocas de eleição. Devia ter todo dia mesmo, e aumentar aí, para pelo menos umas três horas por dia. Não ia ser mesmo um barato?
ARTUR DE CARVALHO
Escritor, jornalista, publicitário, cartunista, ilustrador, colabora com o Diário de Votuporanga, interior de São Paulo, desde 1997.
Publicado em 15/09/2006
Saramar , um bom final de semana.
Airton.
Olá Saramar, obrigada pelo convite!
Gostei muito do texto, agora quero comentar que de uns dias para cá venho tendo indigestão alimentar e não sabia porque, quando, após indagar à minha memória, lembrei-me que estava almoçando e assistindo TV justamente no horário político, daí a má digestão.
Deixando a brincadeira (com fundo de verdade) para lá, devemos lembrar que para sabermos em quem estamos votando precisamos, além de imprimir a ficha policial de cada candidato, também olhá-los nos olhos e a TV nos dá esta chance, portanto é bom que vejamos alguns programas. Coragem Pessoal!
Saramar, um belíssimo fim de semana para você e sua família.
Abraços,
Rita
Tia, sabe aquele lance de assinar TV paga? Pois é...é ótimo.
Pol[itica? quiqui é isso? É e de comer? Ela dá? Cobra quanto?
Saramar, eu sempre assisti e gravava....kkkkkk
E dava meu voto e quando o cara pisava na bola....kkkk...lá eu enviavauma cópia do que eu tinha gravado com as promessas dele.
Amigosachavam isso loucura.Mas eu me sentia bem com isso.
Outro dia, um parente e político alagoano veio me dizer dos números das verbasgastas com isso eachei uma vergonha.
Tantas coisas mais sérias..
beijos e dias felizes
http://www.eueorenascerdascinzas.blogspot.com/
Minha querida!
Para mim serve para colocar em dia uma leitura, ou uma troca de lâmpada, um polimento no carro... coisas assim, que fazemos nos intervalos.
Um grande beijo,
Para abater imposto das emissoras e encher o youtube com mais coisas bizarras.
não serve para nada
Nem fala em horário político pq essa COISA interrompeu a transmissão da final feminina de futebol nas olimpíadas!!!!
E, sim, vergonhosamente, entendo mais de futebol que de política!
:-P
Gata, fica com inveja não, vc também cabe bem nos nossos abraços.
Eu te apertava, pode crer!
beijo
Esse horario politico e uma maldicao brasileira. Usar o dinheiro publico para isso so deve acontecer mesmo no Brasil
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