Os dramas recentes da Inglaterra e da França e Brasil (estes, trágicos) estão nos proporcionando uma didática base comparativa entre os respectivos governos (ou desgovernos). No caso do Brasil, servem ao menos para reforçar o que já sabemos sobre a diferença entre aqueles cuja atuação é voltada para o cidadão e aqueles que só agem em função do seu projeto político pessoal em tudo divorciado dos interesses do país.
Em referência à tragédia do acidente aéreo que vitimou tantos franceses, brasileiros e, em menor número, pessoas de outras nacionalidades, o comportamento das autoridades francesas foi um exemplo de como um governo deve agir, permanecendo ao lado dos seus cidadãos no momento da maior dor, acolhendo seu desespero para minimizá-lo no que for possível, protegendo-os com seriedade, organização e sensibilidade.
Os racionais podem alegar, talvez com acerto, que a França apenas cumpriu sua obrigação uma vez que o avião que caiu pertencia a uma empresa francesa transportando franceses a Paris. Porém, sabemos bem que muitos governos não cumprem nunca suas obrigações para com seus cidadãos. E como sabemos! Neste caso, entretanto, é cabível afirmar que não ocorreu mero cumprimento de obrigações e sim, o estabelecimento de humana e grande rede de acolhimento e proteção que, envolvendo inclusive o presidente da república, transcendeu a mera burocracia exigida nestes momentos, tudo em respeito à dor das famílias vitimadas com a perda inelutável.
E aqui?
Aqui, o presidente que passeava pela América Latina, passeando continuou enquanto um corajoso e depauperado vice obrigava-se a enfrentar o momento dramático das famílias enlutadas, desafiando suas próprias e escassas forças. Eu pergunto: é humano, é justo abusar assim da saúde de Alencar e, ao mesmo tempo, demonstrar o desinteresse pelos brasileiros em hora da dor maior? Por que o presidente não veio? Seria porque as vítimas são da "elite"? Seria porque, para ele, mais importa paparicar fãs estrangeiros (como o guatemalteco ou o salvadorenho recém-eleito) que confortar os cidadãos que jurou representar e proteger? A ausência do presidente até no ato ecumênico depois realizado parece responder a estas questões.
Quanto à rede de proteção, ahahahah. Apreceu o ministro da defesa com aquela roupa ridícula e as confusões que sempre o caracterizam, que ecoaram na mídia estrangeira de forma constrangedora para o Brasil. Rede... só rindo mesmo, apesar de ser mais apropriado chorar.
A conduta burocrática e forçada da cúpula governamental brasileira, em especial do presidente da república diante desta tragédia que vitimou tantos cidadãos traz à memória o famigerado top-top do Marco Aurélio Garcia quando do acidente da TAM, prova irretorquível de que para o governo, os cidadãos, vítimas ou não estão em último lugar em sua lista de prioridades (a não ser, é claro, que sejam cidadãos que possam beneficiá-la de alguma forma).
Se o "líder" não fosse tão arrogante, acredito que a atitude de Sarkozy e seus ministros poderia ter servido de exemplo. Mas, este daqui, que se considera um semideus não quer se mirar em nenhum espelho a não ser aqueles que servilmente refletem e ecoam (como no conto de fadas) sua pretensa onisciência.
Em referência à tragédia do acidente aéreo que vitimou tantos franceses, brasileiros e, em menor número, pessoas de outras nacionalidades, o comportamento das autoridades francesas foi um exemplo de como um governo deve agir, permanecendo ao lado dos seus cidadãos no momento da maior dor, acolhendo seu desespero para minimizá-lo no que for possível, protegendo-os com seriedade, organização e sensibilidade.
Os racionais podem alegar, talvez com acerto, que a França apenas cumpriu sua obrigação uma vez que o avião que caiu pertencia a uma empresa francesa transportando franceses a Paris. Porém, sabemos bem que muitos governos não cumprem nunca suas obrigações para com seus cidadãos. E como sabemos! Neste caso, entretanto, é cabível afirmar que não ocorreu mero cumprimento de obrigações e sim, o estabelecimento de humana e grande rede de acolhimento e proteção que, envolvendo inclusive o presidente da república, transcendeu a mera burocracia exigida nestes momentos, tudo em respeito à dor das famílias vitimadas com a perda inelutável.
E aqui?
Aqui, o presidente que passeava pela América Latina, passeando continuou enquanto um corajoso e depauperado vice obrigava-se a enfrentar o momento dramático das famílias enlutadas, desafiando suas próprias e escassas forças. Eu pergunto: é humano, é justo abusar assim da saúde de Alencar e, ao mesmo tempo, demonstrar o desinteresse pelos brasileiros em hora da dor maior? Por que o presidente não veio? Seria porque as vítimas são da "elite"? Seria porque, para ele, mais importa paparicar fãs estrangeiros (como o guatemalteco ou o salvadorenho recém-eleito) que confortar os cidadãos que jurou representar e proteger? A ausência do presidente até no ato ecumênico depois realizado parece responder a estas questões.
Quanto à rede de proteção, ahahahah. Apreceu o ministro da defesa com aquela roupa ridícula e as confusões que sempre o caracterizam, que ecoaram na mídia estrangeira de forma constrangedora para o Brasil. Rede... só rindo mesmo, apesar de ser mais apropriado chorar.
A conduta burocrática e forçada da cúpula governamental brasileira, em especial do presidente da república diante desta tragédia que vitimou tantos cidadãos traz à memória o famigerado top-top do Marco Aurélio Garcia quando do acidente da TAM, prova irretorquível de que para o governo, os cidadãos, vítimas ou não estão em último lugar em sua lista de prioridades (a não ser, é claro, que sejam cidadãos que possam beneficiá-la de alguma forma).
Se o "líder" não fosse tão arrogante, acredito que a atitude de Sarkozy e seus ministros poderia ter servido de exemplo. Mas, este daqui, que se considera um semideus não quer se mirar em nenhum espelho a não ser aqueles que servilmente refletem e ecoam (como no conto de fadas) sua pretensa onisciência.
5 comentários:
Saramar
Excelente seu artigo.
Bom Domingo
Airton.
Saramar minha sumida amiga .. desde quando vc deu pra acreditar em cegonha ou mesmo em papai Noel .. que otimismo é esse .. desde quando o GRANDE ASNO se preocupou com alguém, que não seja ele próprio .. vc acredita mesmo que quando o asno discursava pros metalúrgicos do ABC em cima daquele caminhão do sindicato .. estava realmente preocupado com o bem estar deles .. de lá pra cá muitas coisas mudaram .. a cara de fome dele sumiu, a barba e o cabelo, agora estão aparados e limpos, os ternos agora são de um bom corte .. mas o pouco caso para com as pessoas continua o mesmo .. ele esta se lixando pro povo .. quer mais é que o povo se esploda .. acorda mulher .. papai Noel não existe .. um beijo grande do amigo carioca .. guto leite
Não acredito que a Saramar acredite em Papai Noel, apenas acho que, apesar de não ser surpresa, é indignante pra população que seu governante não demonstre sentir-se abalado por tragédias tão grandes.
este país se tornou um circo deprimente
Querida amiga,
Como disse o comentarista anterior: "Um circo deprimente" É o que temos como país.
E como está você...?
Beijos.
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