O GOVERNO INSENSÍVEL

E não é apenas isso. Vocês estão lembrados do "apagão" em 2001. O "apagão" foi um pouco por falta de investimento, mas foi um pouco por falta de compreensão do que é o Brasil, porque tinha um sistema que não era interligado. Em 2001, nós tínhamos excesso de água no Rio Grande do Sul e falta de água em São Paulo. Portanto, lá tinha capacidade de produzir mais energia, mas não tinha uma coisa elementar, que era a linha de transmissão, para trazer a energia excedente do Rio Grande do Sul para São Paulo ou levar de São Paulo.
Lula, em Guarulhos, SP, no dia 12 de junho de 2007



O apagão de ontem provocou inumeráveis prejuízos para os cidadãos brasileiros e quase provocou a perda de vidas, como se viu naquela maternidade de Bauru, em São Paulo. Aliás, o fato de São Paulo ter sido a principal vítima do apagão é um sinal altamente perigoso para o restante do país. Se São Paulo foi tão atingido, o que será dos outros estados onde os investimentos em infra-estruturar energética são infinitamente menores?

Além do apagão de investimentos nesta área da energia, essencial para qualquer país, os brasileiros devem se preocupar também (e muito) com o apagão da sensibilidade demonstrada pelo governo diante de outras graves ocorrências que vitimaram os cidadãos deste país, tão primariamente administrado.

De início, o secretário-executivo do ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que o apagão foi uma “perturbação” provocada por – pasme – um “problema elétrico”! Ou este secretário é um beócio, ou está rindo diante de tudo que o apagão provocou.

Mas, em se tratando insensibilidade diante de comoções nacionais, com foi o apagão de 11 de novembro de 2009, Luiz Inácio e suas cansativas falácias, quase é vencido por dois dos seus auxiliares: Tarso Genro e Marco Aurélio Garcia.

O primeiro demonstrou o quanto vive distante do povo (este ectoplasma usado e abusado pelos companheiros) ao afirmar que, diante de tudo o que o governo (?) dele já fez, houve apenas “um microproblema”. Assim se pronunciando, revelou que, para o governo, não passam de lixo, as vidas colocadas em risco, os prejuízos e os transtornos provocados pelo apagão. Como se não bastasse, ainda considerou um “exagero da oposição” classificar o apagão de... apagão.

Já o ministro especial, Marco Aurélio Garcia (o popular top-top), cuja preocupação com o povo já foi demonstrada por ocasião do acidente com o avião da TAM, que vitimou 199 pessoas, nem se lembrou dos milhares de brasileiros prejudicados pelo “problema elétrico”.

Ele parece usar permanentemente aquele instrumento que mantêm os burros sempre olhando para o que lhes acenam à frente dos olhos. Por isso, do mesmo modo que agiu no citado acidente, diante da morte e da dor dos cidadãos, preocupou-se apenas com o possível uso político, por parte da oposição, deste apagão.

Este é o governo que temos.

Será este, o governo que merecemos?

3 comentários:

Guto Leite disse...

Bom dia amiga Saramar .. realmente não sei dizer, o que fizemos pra sermos merecedores de tal governo, mas é o que temos .. quem sabe nas próximas eleições possamos nos livrar dele .. eu hoje escutei duas perolas proferidas por alguns dos nossos governantes: Primeira frase .. Lula se referindo ao efeito da maldita pinga .. "Companheiros essa é poderosa mesmo, depois da primeira dose ficou tudo escuro." .. rsrsrsrs .. Segunda frase: Da Dilma diante do alvoroço gerado pelo apagão numa escolinha de São Paulo .. "Calma criançada, não precisam ter medo, eu sou a MAMÃE do PAC." .. rsrsrsrs .. diante de tudo isso só me resta dizer .. que ando com saudade, e lhe deixar um beijo grande.

IVANCEZAR disse...

MInha querida Saramar:

Algumas questões que se definem como os eternos "desafios da nação" trascendem o simples ambiente da política contemporânea. Não sei se conseguirei ser claro em meu comentário .... mas o que quero dizer é que devemos ir bem mais fundo na história do País para entender determinados problemas. Veja bem , querida Saramar , { e leitores(as) parceiros (as)}, o século XX, sobretudo toda sua segunda metade e , principalmente, o regime militar , criaram algumas estruturas de poderes corporativos que praticamente formam uma espécie de poder paralelo e NADA, ABSOLUTAMENTE NADA decola sem o aval desses poderes corporativos. Um deles é o da chamada "Autoridade Ambiental" - independentemente de partido político, qualquer governante de norte a sul - leste a oeste, já teve obras e projetos embaraçados ou embargados por esse poder descomunal da "Autoridade" ambiental. No setor de GERAÇÃO de energia elétrica é impressionante a ingerência ... Há algum tempo li as exigências de um órgão ambiental para uma usina EÓLICA que pretendia se instalar aqui no RS e, fiquei PERPLEXO lendo ressalvas à necessidade preservação do Habitat de MORCEGOS .... Numa outra situação, uma empresa foi obrigada a ABRIR MÃO de uma área adquirida para uma termoelétrica BIO-energética à base de queima de casca de arroz (resíduo inidustrial) .... Mais recentemente, uma usina no Rio Madeira foi embargada ....e por aí vai .... Sabem que em Santa Catarina grupos de investidores internacionais não conseguem construir trapiches, marinas, porque os "ambientalistas" infernizam a vida ... Edificar complexos de praias artificiais como os árabes estão fazendo no Oriente Médio ou ilhas artificiais como MIAMI fez no passado É IMPOSSÍVEL NO BRASIL .... Creio que me prolonguei no comentário, mas me pareceu muito apropriada a tua postagem para o ambiente sadío da discussão cidadã . Um beijo minha querida !!

Gabri disse...

Maravilha, Saramar!!!
adoramos vc ter colocado a camiseta.
beijos