RELATIVISMO MORAL

Luis Fernando Veríssimo, em seu artigo no Jornal Zero Hora em que fala “dos usos do moralismo”, ilustrou a ótica sob a qual o petismo corrupto encara a moralidade.

Apesar de iniciar dizendo todos devem ser honestos e éticos para garantir a sobrevivência da sociedade, o próprio artigo desmente essa idéia ao usar a tática comum nestes dias de escancarado cinismo, qual seja a de atacar para se defender. Como todo petista militante, incapaz de explicar ou de justificar o injustificável, volta-se para os adversários políticos, atacando-os.

Algo que li neste artigo, que se pretende didático, ficou pregado em minha mente que, obviamente, nem de longe se compara à do intelectual: “o conceito de moral é relativo”.

A partir desta frase, o escritor passa a tratar de “moralismos” e “moralidades”, sempre afirmando que “dependem da perspectiva” na tentativa de nos fazer acreditar que todas as denúncias, as evidências e as provas sobre os escândalos ligados ao PT e seu condutor, Lula da Silva são fruto de algo que ele denomina como “moralismo de ocasião”.

Este é um assunto que sempre discuto com os petistas ou simpatizantes de Lula da Silva porque, mesmo entre eles, nenhum ainda teve coragem de afirmar, como o líder, que este não sabia de nada. Todos sabem que ele, o líder, sabe de tudo e de mais um pouco.

Depois do escândalo do mensalão, nunca vi um petista negando nada que se disse e se diz sobre seu partido porque a certeza da responsabilidade já está mais que cristalizada na mente dos brasileiros. Isso é inegável e não há Veríssimo ou Chauí que consiga removê-la.

Agora, com o dossiê, o mais novo “erro” dos “meninos aloprados” a coisa ficou mais difícil, confirmando aquela frase sobre enganar todos por algum tempo, etc.

Eu, de intelectual não tenho absolutamente nada. Sou apenas uma mãe de família preocupada em explicar aos meus filhos como foi que tive coragem de votar no Lula para presidente, além de engolir, envergonhada, tudo que eles dizem: que eu sou culpada peloo que está acontecendo, que ajudei a colocar um ídolo de barro (ou lama) no poder, etc., etc.

Eu já disse que este blog é o meu purgatório. Aqui tento expiar minha culpa imensa.

Mas, voltando ao Veríssimo, por não ser intelectual, eu confesso que não acredito em relativismo da moral. Para mim, uma pessoa, uma ação, um princípio ou é moral, ou é imoral. Nem falo da amoralidade porque isso é coisa de gente muito importante. Coisa de intelectual, talvez. Eles que o preguem entre si porque, como disse a Stella, “a pessoa simples pode não saber o que é ética, mas sempre soube o que era ser honrada”.

8 comentários:

Anônimo disse...

Vocês tem que ler...Imperdível!!!
Geração maldita
por Olavo de Carvalho em 27 de setembro de 2006
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Como todas essas iniciativas envolviam sempre os mesmos indivíduos – o comando e estado-maior do PT –, era óbvio que elas não constituíam ações separadas e inconexas, mas aspectos da construção integrada de um sistema de poder destinado a engolir o Estado brasileiro e usá-lo para a consecução dos objetivos do Foro de São Paulo.

A existência desse sistema já era visível em 1993, quando José Dirceu e Aloizio Mercadante posavam na CPI das empreiteiras como restauradores da moralidade pública. Quem quer que depois disso ainda tenha confiado na honorabilidade do PT e na sua disposição de disputar eleições lealmente e governar o país em rodízio democrático com os outros partidos, é um irresponsável, um burro, um palpiteiro fanfarrão que, diante das atuais revelações, deve ser excluído do círculo de formadores sérios da opinião nacional e recolher-se à vida privada, senão à privada da vida. Incluo nisto políticos, professores universitários, consultores empresariais pagos a preço de ouro, donos de jornais, chefes de redação e uma coleção inteira de "intelectuais e artistas" de todos os tipos e formatos. Toda essa gente, quando não foi cúmplice consciente do que se tramava contra o Brasil, mostrou ao menos uma futilidade palavrosa que, em matéria de tal gravidade, é um crime tão grande quanto os do PT.

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Mídia Sem Máscara
http://www.midiasemmascara.com.br//artigo.php?sid=5250&language=pt

Al Berto disse...

Olá Saramar:

Fora com a corrupção seja qual for a sua "cara".

Um beijo,

CAntonio disse...

Saramar,


Não gostei do "por não ser intelectual....".

Quem usa o intelecto deve ser considerado mais do que um intelectual (uma espécie de ditador de normas).

Muitos brasileiros que não são intelectuais, usam muito bem o intelecto e não concordam com a bandalheira que esse ser desprezível - o Mulla - impôs no país.

Ao mesmo tempo muitos brasileiros que não usam o intelecto mas são intelectuais -como o estúpido Veríssimo, Chauis, Saders e outros trambiqueiros -, não só aceitam como tentam justificar o crime que Lulla e sua gang está promovendo.

Como vês, além do analfabeto funcional (perdoável)temos o intelectual vigarista - esse é perigosíssimo -.

Bjs 1000.

Kaka da Motta disse...

Sara,
não importa a sua classe economica o que importa é sua moralidade, coisa que to vendo de binóculo pois esta muito longe da nossa realidade governamental...
bjoka

Pata disse...

Querida Saramar

Estou pensando se existe alguma coisa que ainda se possa dizer ou fazer para sair desse pesadelo.

É tudo tão anormal, tão bizarro que até tenho dúvidas se estamos realmente vivendo tudo isso.

Tudo o que aprendemos durante a vida sobre princípios morais, éticos, etc, é debochadamente atirada aos porcos.

Penso como será o futuro. Como será uma sociedade baseada nesse modelo?
Na verdade, L.F. Veríssimo está mostrando que possui um grave desvio de conduta. Infelizmente muitos estão se mostrando perversos como ele.

Enfim, talvez o Brasil tenha que sangrar até o fim para aprender e depois mudar.

Um beijo da pata

Alexandre, The Great disse...

Saramar, querida.

Relativizar conceitos é uma das "marcas registradas" dos "INTELECTUAIS NAUSEADOS" (by Jabor): têm nojo do mundo real. Olham muito o infinito e acham que o simples desgosto com o rumo das coisas lhes dá uma superioridade moral. Sonham com um outro Brasil, que está além do horizonte. Assistem caladinhos à sordidez nacional. Não se metem nessas “coisas sujas” da política. Músicos que fazem canções “muzak”, para elevador, também.

E a "marca" do PT é roubar, "enfiar a mãozona", "afanar", aliviar, desviar.
Há muito tempo que não leio Veríssimo. Tenho coisas mais importantes à fazer.

Luiz Carlos FS Marques disse...

É a tal da conveniencia...
Lembra da fábula da nossa infância, "A raposa e as uvas"?
Para uns tantos, moral e ética é uma questão de conveniência, o resultado pode ser qualquer um que eles dão um jeito de adequar, convenientemente.

Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. disse...

Sara,

Mesmo com toda capacidade técnica e competência a PF, está literalmente com a bomba na mão, ou seja com a responsabilidade de informar a população que não há perigo, que todos podem ir votar tranqüilos que ao apertar a tecla confirme não estaremos acionando o restante do explosivo, portanto, sem perigo de que todos caiam numa armadilha, hoje silenciada e amanhã estardalhante reeleição dos fabricantes deste artefato chamado “Dossiê Fajuto”. Constituída pelos melhores servidores, os mais capacitados funcionários de carreira do País, não é justo que a obrigação de silêncio, que não é estatutária, jogue na lama o nome da nossa melhor polícia, a Federal, ao pactuar com interesses contrários aos princípios da democracia republicana. Abs Jarbas