Foto: Gustavo Costa
Luto deveria ser algo esporádico. Geralmente, é.
Neste país, entretanto, há algum tempo, a circunstância do luto se tornou corriqueira, como uma história de terror que não tem fim.
Desde então, o país se transformou em cenário de uma guerra diferente, cujos feridos e mortos ficaram soterrados sob o peso da retórica oficial, tal e qual ocorre em qualquer totalitarismo, especialmente, o de esquerda.
Começou com a morte da esperança (pela qual, tantos morreram) para quem confiou (eu, inclusive) e nunca minha culpa vai acabar. Como diz minha filha, "todo castigo, para burro, é pouco".
Depois da esperança, as mortes se sucederam e, a princípio, surgiu um travo tímido de vergonha que evoluiu para a indignação e a revolta, com a morte da ética política (expressão que muitos, hoje, nem conseguem usar), com a morte da independência entre os poderes da república (esta mesma, moribunda), com a morte da dignidade dos governantes (?), com a morte da honestidade na política e com a morte da administração do país, promovidas por uma horda de incapazes vândalos, sedentos de poder.
O luto por todos essas mortes foi frio, sem cinzas nos cabelos, sem rasgar de roupas, sem gritos, sem gemidos. Os lamentos mal foram ouvidos, entre os cânticos altissonantes de vitória dos promotores de tanta dor.
O luto silencioso e, mais grave, o luto mal percebido daqueles que mais perderam, tranquilizaram os monstros e açularam a fera que os habita. Inconsequentes, irresponsáveis, cínicos, mentirosos, corruptos, corrompidos, obscenos em sua sede, chegaram, por fim, ao limite que separa os homens das pedras.
Por isso, não tendo sido suficiente a morte de todos aquelas abstrações, agora, como ídolos bárbaros, viram as costas para a vida, ignorando (?) o que mata para não serem incomodados em sua busca pelo poder.
O poder é seu graal e nada será capaz de detê-los.
E nós, os feridos por tantas mortes?
Quantos lutos mais suportaremos para manter vivos nossos algozes?
Luto deveria ser algo esporádico. Geralmente, é.
Neste país, entretanto, há algum tempo, a circunstância do luto se tornou corriqueira, como uma história de terror que não tem fim.
Desde então, o país se transformou em cenário de uma guerra diferente, cujos feridos e mortos ficaram soterrados sob o peso da retórica oficial, tal e qual ocorre em qualquer totalitarismo, especialmente, o de esquerda.
Começou com a morte da esperança (pela qual, tantos morreram) para quem confiou (eu, inclusive) e nunca minha culpa vai acabar. Como diz minha filha, "todo castigo, para burro, é pouco".
Depois da esperança, as mortes se sucederam e, a princípio, surgiu um travo tímido de vergonha que evoluiu para a indignação e a revolta, com a morte da ética política (expressão que muitos, hoje, nem conseguem usar), com a morte da independência entre os poderes da república (esta mesma, moribunda), com a morte da dignidade dos governantes (?), com a morte da honestidade na política e com a morte da administração do país, promovidas por uma horda de incapazes vândalos, sedentos de poder.
O luto por todos essas mortes foi frio, sem cinzas nos cabelos, sem rasgar de roupas, sem gritos, sem gemidos. Os lamentos mal foram ouvidos, entre os cânticos altissonantes de vitória dos promotores de tanta dor.
O luto silencioso e, mais grave, o luto mal percebido daqueles que mais perderam, tranquilizaram os monstros e açularam a fera que os habita. Inconsequentes, irresponsáveis, cínicos, mentirosos, corruptos, corrompidos, obscenos em sua sede, chegaram, por fim, ao limite que separa os homens das pedras.
Por isso, não tendo sido suficiente a morte de todos aquelas abstrações, agora, como ídolos bárbaros, viram as costas para a vida, ignorando (?) o que mata para não serem incomodados em sua busca pelo poder.
O poder é seu graal e nada será capaz de detê-los.
E nós, os feridos por tantas mortes?
Quantos lutos mais suportaremos para manter vivos nossos algozes?
7 comentários:
Estou solidário com o povo brasileiro neste momento tão TRÁGICO. A vida só nos permite dois termos: a felicidade ou a infelicidade. Desta vez, quem mandou foi a segunda. Que a vida continue feliz para os que ficam
Não sei como fazer coro, quem sabe uma blogagem coletiva, mas sinceramente, não tenho a menor idéia de como!
Mas EU QUERO A DEMISSÃO DOS MINISTROS WALDIR PIRES por incompetência, MARTA SUPLICY E GUIDO MANTEGNA por falta de decôro.
EU QUERO A DEMISSÃO DE TODA A DIRETORIA DA INFRAERO!
EU QUERO A DEMISSÃO DE TODOS OS DIRETORES DA ANAC!
EU QUERO A DEMISSÃO DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA!
Saramar,
E Nós? Nos calamos, remarcamos a passagem e vamos em frente....
Lamentável
SDS.
Até com algo tão terrivel estamos nos acostumando...
Enlutados, sim.
Mas que os atuais algozes não se esqueçam, jamais, que "enlutados" são os vivos; e estes ainda se voltarão contra eles cobrando na mesma moeda.
FACÍNORAS! ASSASSINOS FDP!
Alexandre, The Great
Nem sei o que responder, Saramar...Por mim essa turma toda ia prá cadeia! Mas sabemos que vai tudo continuar como antes...
Estamos indo para o fundo do poço (se é que esse poço tem fundo...)!
só o povo e a lei poderão detê-los
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