A NOVILÍNGUA BRASILEIRA

Imagem: Circo, de Portinari



Diante da triste e perigosa realidade brasileira, não consigo escolher o que é pior: se todos os espisódios de corrupção que violentam os brasileiros quase diariamente desde que o lulo-petismo chegou ao poder ou esse cinismo endêmico que acomete o país.

A novilíngua é o novo idioma pátrio, tão exacerbado que um Renan Calheiros continua encenando sua triste pantomima diante dos milhões de telespectadores como se o legislativo fosse uma novela de horror, em que o morto, que se tenta sepultar, ressurge sempre e mais vivo e mais forte. O PMDB, essa paródia de partido político, cada vez mais imerso na lama vermelha, cuida da manutenção da vida do sempre exangue Renan e sempre redivivo, apesar do seu insuportável odor.

No STF, advogados bem pagos, em retórica novilíngua, tentam fazer desaparecer as pilhas colossais de provas contra os mensaleiros.

Na vida real, sindicalistas ocupam empresas e roubam dos trabalhadores que fingem defender, usando o dinheiro recolhido para a previdência em viagens ao exterior e mordomias na casa do petista-mor local, usando a violência como estratégia de administração, como se viu na matéria da VEJA.

O petismo lota as agências reguladoras com seus vorazes militantes e a legislação é que vai ser mudada para se acomodar a novos e ainda mais famintos dirigentes. Nonsense total para quem acredita que um país precisa de seriedade administrativa, transparêencia e segurança normativa.

Nos jornais, as serpentes que alimentaram o lulo-petismo, fingem acreditar no que diz Lula da Silva em relação a um terceiro mandato, quando sabem muito bem que o cenário já está sendo cuidadosamente montado para que este Chávez com botox permaneça no poder, levado nos braços do povo. O povo pedinte e escravo da bolsa-esmola, o povo escravo dos milhares de cargos "de confiança".

O circo Brasil, orwelliano, está cada vez maior, mais glutão, mais agressivo. Do lado de fora dele, estão aqueles que, apesar de renegá-lo, o financiam, com sangue, suor, lágrimas e vergonha.

(que Portinari me perdoe).

6 comentários:

Roça disse...

Com certeza o sapo colocará sua "gente" nas ruas pedindo para que ele fique.Será muito complicada a próxima campanha para o planalto, se tiver , é claro...

Anônimo disse...

Onde iremos parar,hem SARAMAR??
É o que mais tenho me perguntado ultimamente.

Beijos!!

Anônimo disse...

Saramar.
Não creio neste fatalismo. Penso que sempre há tempo para mudar, contudo não sairemos ilesos deste combate - haverá baixas.
Recentes pesquisas mostram que os graves crimes cometidos pelo partido que ocupa o poder tem colado no executivo, na opinião popular. As sucessivas crises na saúde dos estados nordestinos têm desmistificado o "Pai dus pobri" e o salário mínimo é mais inclusivo do que a "bolsa-esmola".
Há tempo para mudanças, depende das ações que forem tomadas doravante.


Alexandre, The Great

Anônimo disse...

é um desalento viver sobre o teto desse desgoverno

O Profeta disse...

Preso na tua mão amarrotado papel
Que largas no meio da rua
Consagrando a certeza, eu e tu,
Somos a luz que continua

A lonjura desenha uma cruel ironia
Cobre o sentimento, no vale da distância
Deixa gravada no basalto negro
A tua doce lembrança

Boa semana

Profético beijo

Fábio Mayer disse...

Saramar,

Para um processo criminal ser instalado, são necessários dois requisitos:

1. PROVA MATERIAL DO DELITO.
2. Indícios de autoria.

O que o STF fez ao decidir ontem, foi negar qualquer razão àquela claque de puxa-sacos cegos, que diziam que o Mensalão nunca existiu e era mentira engendrada pela imprensa golpista, porque reconhecer a existência dos requisitos e, portanto, da prática criminosa.