LIMITES

De forma irretorquível, o lulo-petismo já provou que é irresponsável e incompetente quando se trata de administrar um país como o Brasil.

Nas duas últimas semanas, porém, os companheiros começaram a ultrapassar, de forma nada sutil, limites que são inerentes à democracia e à república.

A ninguém passou despercebida a desumana e indecente tentativa do governo (?) de ofuscar a decisão do STF aceitando as denúncias do Procurador Geral contra aos corruptos, mensaleiros, et caterva.

É papel do presidente da república lançar livro? É papel de presidente da república e seu todo poderoso ministro incentivar a discórdia entre os cidadãos mesmo depois que a legislação do país já cuidou da reconciliação?

Como essa história do livro não surtiu o efeito pretendido, os lulo-petistas partiram para a confrontação à Suprema Corte, começando pelo ofídico Dirceu que colocou em dúvida a decisão do STF. Quem ele pensa que é?

Legalmente, Dirceu é um cidadão como outro qualquer, ainda que, na vida real, continue dando as cartas no governo e no PT (do qual é proprietário). Pode falar as bobagens que bem entender porque, afinal, vivemos em uma democracia (ele não entende bem o que é isso).

O caso de Lula da Silva, porém, é muito mais grave. Ele, apesar de não parecer, ocupa o cargo de presidente da república. Não pode e não deve ir de encontro às decisões do STF, mesmo que não as aceite. Nem deveria se manifestar a favor (de nenhuma forma, aliás) de pessoas que serão julgadas por aquela Corte. Isso, certamente, não é papel de quem ocupa seu cargo. Porém, foi o que ele fez no congresso petista, aquele que reforçou a idéia do terceiro mandato.

Que Dirceu ataque a liberdade de imprensa ainda se pode suportar e combater. Que o presidente da república afronte a mais alta corte do país, minimizando suas decisões, não há como engolir. Este é um limite que não deve ser ultrapassado.