Dizem que todo segundo mandato é o calcanhar de Aquiles dos governantes que, estafados das duras lutas com a realidade e da constante busca de aprovação, não mais conseguem planejar ou sequer executar as ações necessárias à administração do país.
Claro é que tais considerações se referem àqueles que realmente governam. Os outros, se se cansam, é do tedioso cotidiano dos incompetentes quando instalados no poder, à custa de tudo, menos de sua capacidade pessoal.
Em quatro, em cinco, em 50 anos, um governo pode realizar o que é capaz de realizar. Mais importante que o tempo, é a competência do administrador e o seu comprometimento com a sobrevivência do universo a ser gerido, seja ele uma pequena empresa, seja ele um país. Em qualquer das situações, a política coexiste com o mundo real de quem precisa administrar bem os recursos disponíveis.
Sirvo-me deste longo e rudimentar intróito para falar do caos brasileiro, disfarçado, mascarado sob os números da economia que “vai muito bem” refletindo a clássica diferença entre crescimento e desenvolvimento, história mais que batida neste país.
Na minha primária opinião, o caos brasileiro instalou-se desde o primeiro dia do governo lulo-petista, uma vez que este sempre se mostrou distanciado das demandas do país, na clássica postura de conquistar e manter o poder pelo poder mesmo. A pureza e a preocupação social, como a prática demonstra, eram balelas de medíocres e falsos salvadores do mundo.
O caos foi se construindo de forma cruel, materializado na ausência de investimentos em áreas estratégicas para o país e essenciais para o cidadão. Ao mesmo tempo, o governo (?) mostrou, na sua prática, que a bandeira político-social que o levou ao poder era mero trapo antigo e roto pela venalidade e a corrupção que tanto fingira combater.
Desde então, o caos só vem aumentando.
O governo (?), dito dos trabalhadores, privilegia os grandes barões que sustentam o status do líder, mesmo gargalhando de sua ignorância auto-elogiada. Um exemplo? A tragédia dos aposentados e o empréstimo consignado, cujas conseqüências, qual morte anunciada, saltam das panelas vazias do pobre para o mercado enquanto os agiotas que os roubam, enriquecem na velocidade da luz.
O caos aéreo e seus mortos, para sempre ligados a esta triste fase do Brasil, constituem o reflexo mais visível (pela terrível imagem de centenas de pessoas mortas de uma só vez) do absoluto abandono em que vive a infra-estrutura do país e que não se resume aos aeroportos. Ao contrário, está nas estradas abandonadas que impedem a circulação de mercadorias e matam, matam interminavelmente; está nos portos, em ruínas, dominados por sindicatos que agem como máfias e tornam impraticável a concorrência com outros portos(para dizer o mínimo).
Neste caso, a falta de planejamento, de investimento, de competência, de interesse, de honestidade é a doença que está matando o futuro econômico do país e contribuindo para nos relegar, por longos anos, à última posição entre os mais ou menos do mundo.
O caos da segurança pública, jamais contemplada por algum planejamento, vivendo de decisões pontuais e equivocadas, enquanto as cidades mais parecem zonas de guerra com perdedores, de antemão, conhecidos: os cidadãos indefesos diante da organização dos criminosos, diante da impunidade e, mais grave, diante da visão de que os bandidos são as vítimas e merecem mais proteção e respeito que os honestos.
O caos da saúde pública que, a cada dia, revela-se mais cruel, mantendo a farsa da universalização do atendimento que, na prática nada mais é que a inútil e constante humilhação dos doentes e suas famílias, cujos direitos são diariamente desrespeitados nas portas das unidades públicas de saúde, sucateadas, mal equipadas, lotadas de servidores mal remunerados. A utopia do SUS, mantida ao custo da vida dos cidadãos e dos altíssimos impostos pagos (entre eles, a tal CPMF), vemos hoje, mal consegue prevenir uma doença letal como a febre amarela.
Todos esses aspectos do caos instalado no país são mensuráveis em sua trágica realidade: são mortos nas estradas, nos aviões que caem sobre nossas cabeças, nas portas dos hospitais, nas batalhas cotidianas com os criminosos; são crianças e mulheres violentadas nas prisões, nas ruas, no trabalho, sem proteção do Estado que pagam para as proteger; são pais de família desempregados porque os recursos que deveriam impulsionar o desenvolvimento do país estão destinados à compra de fidelidade e votos para os indivíduos no poder, etc., etc., etc.
A visão mais trágica do caos brasileiro, porém, não se mede tão rapidamente. Só após uma ou duas décadas, seus funestos resultados irão se abater sobre o país como a peste. Trata-se do caos da educação. A falsa escola, a falsa didática, os falsos livros, os falsos programas e currículos, tudo isso, que todo professor conhece, está nos levando para o abismo dos ignorantes do mundo, colocando-nos entre os últimos de um mundo que privilegia o verdadeiro conhecimento, enquanto nossas crianças saem das escolas mais ignorantes, mais cegas, mais despreparadas, incapazes de concorrer em igualdade com as outras dos países todos que já acordaram para necessidade de incentivar a verdadeira educação para o mundo em que vivemos e não para utopias fracassadas e cruéis.
Todos que contribuíram para a efetivação do segundo mandato deste funesto grupo de enganadores são cúmplices do caos em que o país vive mergulhado. E não venham me falar de crescimento econômico porque nem um cent de dólar, nem todos os milhões de euros irão resgatar os cidadãos brasileiros presos na incompetência criminosa daqueles que os dirigem.
Claro é que tais considerações se referem àqueles que realmente governam. Os outros, se se cansam, é do tedioso cotidiano dos incompetentes quando instalados no poder, à custa de tudo, menos de sua capacidade pessoal.
Em quatro, em cinco, em 50 anos, um governo pode realizar o que é capaz de realizar. Mais importante que o tempo, é a competência do administrador e o seu comprometimento com a sobrevivência do universo a ser gerido, seja ele uma pequena empresa, seja ele um país. Em qualquer das situações, a política coexiste com o mundo real de quem precisa administrar bem os recursos disponíveis.
Sirvo-me deste longo e rudimentar intróito para falar do caos brasileiro, disfarçado, mascarado sob os números da economia que “vai muito bem” refletindo a clássica diferença entre crescimento e desenvolvimento, história mais que batida neste país.
Na minha primária opinião, o caos brasileiro instalou-se desde o primeiro dia do governo lulo-petista, uma vez que este sempre se mostrou distanciado das demandas do país, na clássica postura de conquistar e manter o poder pelo poder mesmo. A pureza e a preocupação social, como a prática demonstra, eram balelas de medíocres e falsos salvadores do mundo.
O caos foi se construindo de forma cruel, materializado na ausência de investimentos em áreas estratégicas para o país e essenciais para o cidadão. Ao mesmo tempo, o governo (?) mostrou, na sua prática, que a bandeira político-social que o levou ao poder era mero trapo antigo e roto pela venalidade e a corrupção que tanto fingira combater.
Desde então, o caos só vem aumentando.
O governo (?), dito dos trabalhadores, privilegia os grandes barões que sustentam o status do líder, mesmo gargalhando de sua ignorância auto-elogiada. Um exemplo? A tragédia dos aposentados e o empréstimo consignado, cujas conseqüências, qual morte anunciada, saltam das panelas vazias do pobre para o mercado enquanto os agiotas que os roubam, enriquecem na velocidade da luz.
O caos aéreo e seus mortos, para sempre ligados a esta triste fase do Brasil, constituem o reflexo mais visível (pela terrível imagem de centenas de pessoas mortas de uma só vez) do absoluto abandono em que vive a infra-estrutura do país e que não se resume aos aeroportos. Ao contrário, está nas estradas abandonadas que impedem a circulação de mercadorias e matam, matam interminavelmente; está nos portos, em ruínas, dominados por sindicatos que agem como máfias e tornam impraticável a concorrência com outros portos(para dizer o mínimo).
Neste caso, a falta de planejamento, de investimento, de competência, de interesse, de honestidade é a doença que está matando o futuro econômico do país e contribuindo para nos relegar, por longos anos, à última posição entre os mais ou menos do mundo.
O caos da segurança pública, jamais contemplada por algum planejamento, vivendo de decisões pontuais e equivocadas, enquanto as cidades mais parecem zonas de guerra com perdedores, de antemão, conhecidos: os cidadãos indefesos diante da organização dos criminosos, diante da impunidade e, mais grave, diante da visão de que os bandidos são as vítimas e merecem mais proteção e respeito que os honestos.
O caos da saúde pública que, a cada dia, revela-se mais cruel, mantendo a farsa da universalização do atendimento que, na prática nada mais é que a inútil e constante humilhação dos doentes e suas famílias, cujos direitos são diariamente desrespeitados nas portas das unidades públicas de saúde, sucateadas, mal equipadas, lotadas de servidores mal remunerados. A utopia do SUS, mantida ao custo da vida dos cidadãos e dos altíssimos impostos pagos (entre eles, a tal CPMF), vemos hoje, mal consegue prevenir uma doença letal como a febre amarela.
Todos esses aspectos do caos instalado no país são mensuráveis em sua trágica realidade: são mortos nas estradas, nos aviões que caem sobre nossas cabeças, nas portas dos hospitais, nas batalhas cotidianas com os criminosos; são crianças e mulheres violentadas nas prisões, nas ruas, no trabalho, sem proteção do Estado que pagam para as proteger; são pais de família desempregados porque os recursos que deveriam impulsionar o desenvolvimento do país estão destinados à compra de fidelidade e votos para os indivíduos no poder, etc., etc., etc.
A visão mais trágica do caos brasileiro, porém, não se mede tão rapidamente. Só após uma ou duas décadas, seus funestos resultados irão se abater sobre o país como a peste. Trata-se do caos da educação. A falsa escola, a falsa didática, os falsos livros, os falsos programas e currículos, tudo isso, que todo professor conhece, está nos levando para o abismo dos ignorantes do mundo, colocando-nos entre os últimos de um mundo que privilegia o verdadeiro conhecimento, enquanto nossas crianças saem das escolas mais ignorantes, mais cegas, mais despreparadas, incapazes de concorrer em igualdade com as outras dos países todos que já acordaram para necessidade de incentivar a verdadeira educação para o mundo em que vivemos e não para utopias fracassadas e cruéis.
Todos que contribuíram para a efetivação do segundo mandato deste funesto grupo de enganadores são cúmplices do caos em que o país vive mergulhado. E não venham me falar de crescimento econômico porque nem um cent de dólar, nem todos os milhões de euros irão resgatar os cidadãos brasileiros presos na incompetência criminosa daqueles que os dirigem.
15 comentários:
Oh minha amiga Saramar. O PT e a grande decepcao porque as pessoas acreditavam que seria diferente. Eu nunca acreditei, mas esse caos brasileiro vem antes do Lula tambem. E cronico e parece nao tem remedio e nem governo que cure.
cilene
Tanto FHC quanto Lula venderam a alma ao diabo na metade do primeiro mandato, para conseguir o segundo.
E no segundo mandato, ficaram reféns de grupos fisiológicos no Congresso.
Veja o caso da CPMF e do IOF/CSLL: Se lula confiasse na sua "base aliada", teriam aprovação calma.
Mas não, a "base aliada" faz pressão por cargos, se diz insatisfeita e o governo, cuja alma já é de propriedade do coisa ruinzinha, entrega cargos e paga emendas parlamentares em troca do que diz que precisa sem qualquer certeza de que o Congresso o ajudará.
Com FHC foi igual. E aqui no Paraná, outro exemplo: Requião praticamente não governa porque não agrada sua "base aliada", ansiosa por benesses e cargos que ele não dustribui, ao mesmo tempo em que tenta esconder sua insatisfação com os "aliados", atacando os inimigos pela TV Educativa. Mas o estado está paralisado!
Enfim, o segundo mandato não seria algo ruim se não implicasse esse comércio aberto de apoios, cuja conta é feita no primeiro, mas paga no segundo.
Muito bem dito, moço. Concordo contigo em quase tudo.
Sabes que ler teu texto me fez lembrar de outro do Affonso Romano Sant'ana, 'A Implosão da Mentira', muito bom mesmo, parabéns.
Beijo.
Eu quis dizer moça*. Edita, por favor?
:)
Cadê tu, tatu?
ótimo texto Sara! Não vejo muitas diferenças entre FHC e Lula, só na maneira de dar de mão no nosso dinheiro!!
beijos
Um triste e soturno cenário esse. Eu votei na ideli salvati e estou correndo atrás para me redimir desse pecado.
quisera ter escrito este texto. concordo com tudo. pior de tudo é que os que lá estão, hoje, se diziam acima do bem e do mal. e são piores que os demais que, ao menos, não se colocavam no pedestal de barro.
bj
Parabens pelo texto,SARAMAR.
O unico senão ,na minha opinião,é que o tal caos não começou com o Pinócchio,mas com o nefasto FHC.
Este sim é o grande responsável por este lixo em que vivemos.
Beijos!!
http://www.ramsessecxxi.blogger.com.br
Uma pena que o povo colabore para a entrega do País aos interesses internacionais e vote nessa corja de corruptos. Bjkª. Elza
o caos existe há muito e o povo corrobora com o voto
Virou moda ESTUFAR o peito e dizer: ESTOU DECEPCIONADO COM LULA!!
Outra: O FRACASSO desse Governo poder ser verificado no CAOS AÉREO. Agora, junta-se ao caso DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. Claro que os Governos tem erros. Mas, acertos também dever ser computados. Gostar ou não de um Governante (até pré-conceito é factítivel) é um direito de qualquer um. O que não podemos é alimentar o DERROTISMO, A REVOLTA confundida com INDIGNAÇÃO por não ter elegido nosso CANDIDATO. Votei em SERRA em 2002 e ALCKMIM em 2006, mas reconheço que o País teve vários avanços nesses tempos do SAPO BARBUDO. Um Exemplo: Sou usário de automóvel diariamente de casa ao trabalho e vice-versa; Desde a posse de LULA, os combustíveis manten-se congelados, o que não acontecia com FHC, cujos aumentos eram diários. FHC foi melhor que LULA? Em alguns aspectos sim! FHC foi o PRESIDENTE que deu AVAL ao PROJETO DE ANDRÉ LARA RESENDE (PLANO REAL) que estava engavetado por longos vinte anos e porêm, por sua VAIDADE POLÍTICA, conseguiu QUEBRAR O PAÍS 03 vezes. Isso é explicado do ponto de vista psicológico. A pavonice de FHC fez dele um POLÍTICO IRRESPONSÁVEL, caso mais recente é a EXTINÇÃO DA CPMF (um tiro no pé). Nenhum PAÍS DO MUNDO, EM TEMPO ALGUM, estinguiu impostos da MONTA DE 40 BILHÕES, como fizera o PSDB/DEM a mando de FHC. Isso torna o PSDB inviável futuramente, pois poderá DESMONTAR o SISTEMA de arrecadação do GOVERNO para fazer frente as despesas e gastos sociais, única maneira do PAÍS almejar o DESENVOLVIMENTO. O GOVERNO LULA acertou quando vez essa opção!!!
Saramar.
Um diagnóstico fiel dos últimos 5 anos da nossa História.
Meus parabéns pelo artigo e peço permissão para divulgá-lo à minha lista.
Um grande beijo,
A diferenca entre FHC e Lula, e que Lula tem um dedo a menos.
Beijinhos e boa semana
Temos uma quadrilha instalada no poder. Um bando, uma gangue. Ladrões como quaisquer outros ladrões. Vigaristas. Ah, deixa pra lá... (é impressão minha ou você conseguiu acertar o blog? Uau!)
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