Imagem: Angelis
"Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão"
Ode aos Ratos de Chico Buarque/Edu Lobo
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão"
Ode aos Ratos de Chico Buarque/Edu Lobo
O sindicalista é um místico e, como tal, defende seres arquétipos, inocentes e frágeis, incapazes de escolher sozinhos, seu cotidiano e seu destino. A luta do sindicalista é para mostrar a esses bibelôs o rumo que devem tomar e impedi-los de se perder no bosque, enganados como João e Maria.
O sindicalista é um deus cruel. Não pode ser contrariado sob pena de convocar legiões para restituir a si, a autoridade e deixar claro seu poder. Como todo deus, as conseqüências de suas ações sobre os seres inferiores (geralmente conhecidos como massa de manobra) são, para ele, irrelevantes. Deuses não dão satisfação a ninguém, a não ser aos deuses superiores que mantêm sua divindade.
O sindicalista é um indivíduo muito ocupado que mal pode cuidar de si e dos seus. Como orquídea de estufa, é cuidado por outros, mantido pelos inferiores que, alegremente e, por espontâneo e irresistível desejo, dedicam a ele um dia de trabalho por ano. Ressalte-se que, por ser uma espécie de deus menor, o sindicalista come, bebe, movimenta-se em carros muito chiques, habita espaços privilegiados em áreas nobilíssimas e passeia em Paris. Afinal, respondendo à música, o sindicalista pode dizer que sabe o que é caviar.
O sindicalista, frugal por natureza, prefere doar tudo (ou quase) o que lhe é dado aos seus protegidos. Por isso e, pelos interesses de sua casta, pode ascender a sinecuras para as quais irremediavelmente se mostra incompetente.
O sindicalista é um indivíduo que, teoricamente, defende os direitos dos trabalhadores. Porém, há uma contradição ad hoc à sua existência, uma vez que, assim que ele se torna sindicalista, deixa imediatamente de trabalhar. Passa a “combater”, “militar”, “reivindicar”, “ocupar” e outras expressões semelhantes, típicas do sindicalista. Ele faz de tudo, menos trabalhar. Ao contrário, passa a ser sustentado por seus supostos representados.
Sim, o sindicalista tem um dialeto próprio, geralmente agressivo, quase sempre ininteligível para o resto da humanidade.
O sindicalista é um indivíduo durão, afinal, vive de luta em luta, como um Quixote às avessas, cujos moinhos são a honra, a vergonha na cara, a ética. Por isso, sua casca grossa, sua belicosidade, seu cinismo. Afinal, guerra é guerra, principalmente quando visa a longa e boa vida do sindicalista.
O sindicalista é um deus cruel. Não pode ser contrariado sob pena de convocar legiões para restituir a si, a autoridade e deixar claro seu poder. Como todo deus, as conseqüências de suas ações sobre os seres inferiores (geralmente conhecidos como massa de manobra) são, para ele, irrelevantes. Deuses não dão satisfação a ninguém, a não ser aos deuses superiores que mantêm sua divindade.
O sindicalista é um indivíduo muito ocupado que mal pode cuidar de si e dos seus. Como orquídea de estufa, é cuidado por outros, mantido pelos inferiores que, alegremente e, por espontâneo e irresistível desejo, dedicam a ele um dia de trabalho por ano. Ressalte-se que, por ser uma espécie de deus menor, o sindicalista come, bebe, movimenta-se em carros muito chiques, habita espaços privilegiados em áreas nobilíssimas e passeia em Paris. Afinal, respondendo à música, o sindicalista pode dizer que sabe o que é caviar.
O sindicalista, frugal por natureza, prefere doar tudo (ou quase) o que lhe é dado aos seus protegidos. Por isso e, pelos interesses de sua casta, pode ascender a sinecuras para as quais irremediavelmente se mostra incompetente.
O sindicalista é um indivíduo que, teoricamente, defende os direitos dos trabalhadores. Porém, há uma contradição ad hoc à sua existência, uma vez que, assim que ele se torna sindicalista, deixa imediatamente de trabalhar. Passa a “combater”, “militar”, “reivindicar”, “ocupar” e outras expressões semelhantes, típicas do sindicalista. Ele faz de tudo, menos trabalhar. Ao contrário, passa a ser sustentado por seus supostos representados.
Sim, o sindicalista tem um dialeto próprio, geralmente agressivo, quase sempre ininteligível para o resto da humanidade.
O sindicalista é um indivíduo durão, afinal, vive de luta em luta, como um Quixote às avessas, cujos moinhos são a honra, a vergonha na cara, a ética. Por isso, sua casca grossa, sua belicosidade, seu cinismo. Afinal, guerra é guerra, principalmente quando visa a longa e boa vida do sindicalista.
9 comentários:
Querida Saramar,
Eu economizaria as palavras e resumiria tudo a "TODO SINDICALISTA É LADRÃO".
Quem conhecer um único representante dessa fauna que seja honesto, avise-me por favor.
Saramar, estou de volta
Se existe uma coisa que tenho nojo é de sindicalista. Eu não preciso de sindicato prá nada. Estudo muito para poder negociar meus direitos diretamente com a empresa pois, se ela não quer ou não pode, existem outras.
Abaixo o sindicalismo...
Obs: Vi lá no Andre a petição do Tibet e, comunico à você que também aderi...
Um ótimo final de semana
Saramar,
Voltei! Depois de um longo tempo fora da blogosgera estou de volta. Espero mais uma vez contar com sua ilustre visita.
Forte abraço
Patrick Gleber
www.blogdopatrick.blogspot.com
E, a meu ver, o sindicalismo deveria ser extinto da face da Terra. Aí essa p*taria que eles fazem ia acabar. Sindicato deveria existir como órgão legítimo de classe, financiado e sustentado pelos trabalhadores que aderissem ao sindicato e contribuíssem como associados de modo livre e espontâneo e não como entidade financiada pelo governo e que se locupleta através de obrigações obrigatórias da massa de trabalhadores que são sempre traídos pelos seus líderes sindicais. Tal qual está: sindicalismo não deveria existir. Bom domingo, Saramar.
digo, CONTRIBUIÇÕES obrigatórias e não "obrigações obrigatórias" (analfabetismo é dose!)...rs.
Saramar, off topic...
Dá uma olhada na 1ª página do jornal venezuelano El Nuevo País Confira:
http://media.noticias24.com/0803/np30.html
Bjs
Sarita, Sindicalista é um ser da categoria dos simbióticos oportunistas, tipo sanguessuga.Não precisa definir mais que isso.
Concordo sim: essa figura foi engulida pelos novos tempos mas, aqui no Brasil, ao invés de desaparecer, tomou o poder.
E agora vai ser ruim tirar essa gente de lá...
Um beijão.
Falou tudo,SARAMAR. Principalmente qto à boa vida. Se o resultado não for este,eles o perseguem como famintos.
Beijos e boa semana!
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