Hoje, eu pretendia falar a respeito dos deveres e limites do governo. Porém um poema que li sobre "amores urbanos..." me fez refletir sobre as solidões concretas, e as concretas paredes que criamos em torno de nós e sobre o poder das paredes.
Hoje somos uma caricatura trágica do homo sapiens, do rei das espécies, do Tarzan em meio aos chimpanzés: minúsculos, impotentes e fragilizados diante da sociedade que supostamente construímos e que se tornou a besta a nos dominar.
Por que nos deixamos dominar assim por entidades que, de tão fluídas, mais se parecem com fantasmas a nos assombrar, enquanto ditam até a fome que devemos sentir?
Não sou saudosista, mas credito que isto se deve à perda do respeito pela família, pelos pais e avós que sempre nortearam a formação dos jovens. Esta mesma formação que atualmente, é uma menor abandonada nas salas de aula e nos pátios escolares, onde predomina a mais absoluta cegueira.
Os pais e avós não têm mais tempo para educar seus filhos. Os primeiros são escravos do trabalho e os últimos, escravos da ideologia da terceira idade que os obriga ao consumo em intermináveis atividades exdrúxulas e estressantes. Hoje, ser meros pais de família ou avós é algo impensável, condenado pela maioria dos modernos.
Enquanto isso, as crianças são entregues à escola, como se esta fosse a Academia de Atenas, formadora de cidadãos. O resultado, vemos todos os dias na mídia, principalmente naquela que privilegia a tragédia.
Esta geração já está sofrendo os efeitos da desagregação da família que, dizem, acabou.
Certamente, poderíamos encarar o fim da família como um estágio vencido na constante evolução do ser humano. Porém, o que criamos para substituí-la? Na minha opinião, em lugar da família, só há um buraco negro e profundo materializado na conduta do eu-sozinho-e-o resto-que-se-dane.
O resultado é a violência em vários matizes, o desconhecimento do outro, o desrespeito, a mentira e o medo, nossa característica principal.
Estamos vivendo a era do medo, resultado do individualismo, do egoísmo a que o monstro desta sociedade que criamos nos obriga. Ele condiciona nosso cotidiano, nossa visão de mundo e nossa alma.
Pelo medo, desvirtuamos o antigo e atualíssimo ditado "a união faz a força", ao adotar os modelos distantes da nossa realidade, quando poderíamos buscar e reforçar os exemplos que estão na rua em que moramos, no condomínio, no bairro e de quem sabemos menos do que sobre a Gisele ou o Kaká.
Esquecemos do vizinho, do amigo, do irmão, dos pais, dos avós, trocados pela modelo gostosa ou pelo ator, jogador, cantor, astro e até político (escolha o que quiser) em que nos espelhamos para disfarçar nossa tremenda insegurança em relação à besta em que a sociedade se transformou.
Entre nós e nossos iguais, criamos paredes concretas enquanto abrimos a guarda para supostos ídolos, transformados em modelos de conduta que não passam de miragens, balões furados, a não ser para eles mesmos e seus bolsos.
Um exemplo pueril, mas ilustrativo: observe as jornalistas da TV, em qualquer canal. Todas usam o mesmo cabelo da spice girl, mulher do jogador. Ver esses clones me causou repulsa semelhante à do selvagem John, de Huxley.
Essa postura nos enfraquece. Por não saber o nome ou as dores do meu vizinho, estou sozinha e ele também. Somos vulneráveis, ambos, inclusive e principalmente diante das falsas autoridades que, usando nossa ignorância, facilmente nos colocam uns contra os outros e enganam todos.
Hoje somos uma caricatura trágica do homo sapiens, do rei das espécies, do Tarzan em meio aos chimpanzés: minúsculos, impotentes e fragilizados diante da sociedade que supostamente construímos e que se tornou a besta a nos dominar.
Por que nos deixamos dominar assim por entidades que, de tão fluídas, mais se parecem com fantasmas a nos assombrar, enquanto ditam até a fome que devemos sentir?
Não sou saudosista, mas credito que isto se deve à perda do respeito pela família, pelos pais e avós que sempre nortearam a formação dos jovens. Esta mesma formação que atualmente, é uma menor abandonada nas salas de aula e nos pátios escolares, onde predomina a mais absoluta cegueira.
Os pais e avós não têm mais tempo para educar seus filhos. Os primeiros são escravos do trabalho e os últimos, escravos da ideologia da terceira idade que os obriga ao consumo em intermináveis atividades exdrúxulas e estressantes. Hoje, ser meros pais de família ou avós é algo impensável, condenado pela maioria dos modernos.
Enquanto isso, as crianças são entregues à escola, como se esta fosse a Academia de Atenas, formadora de cidadãos. O resultado, vemos todos os dias na mídia, principalmente naquela que privilegia a tragédia.
Esta geração já está sofrendo os efeitos da desagregação da família que, dizem, acabou.
Certamente, poderíamos encarar o fim da família como um estágio vencido na constante evolução do ser humano. Porém, o que criamos para substituí-la? Na minha opinião, em lugar da família, só há um buraco negro e profundo materializado na conduta do eu-sozinho-e-o resto-que-se-dane.
O resultado é a violência em vários matizes, o desconhecimento do outro, o desrespeito, a mentira e o medo, nossa característica principal.
Estamos vivendo a era do medo, resultado do individualismo, do egoísmo a que o monstro desta sociedade que criamos nos obriga. Ele condiciona nosso cotidiano, nossa visão de mundo e nossa alma.
Pelo medo, desvirtuamos o antigo e atualíssimo ditado "a união faz a força", ao adotar os modelos distantes da nossa realidade, quando poderíamos buscar e reforçar os exemplos que estão na rua em que moramos, no condomínio, no bairro e de quem sabemos menos do que sobre a Gisele ou o Kaká.
Esquecemos do vizinho, do amigo, do irmão, dos pais, dos avós, trocados pela modelo gostosa ou pelo ator, jogador, cantor, astro e até político (escolha o que quiser) em que nos espelhamos para disfarçar nossa tremenda insegurança em relação à besta em que a sociedade se transformou.
Entre nós e nossos iguais, criamos paredes concretas enquanto abrimos a guarda para supostos ídolos, transformados em modelos de conduta que não passam de miragens, balões furados, a não ser para eles mesmos e seus bolsos.
Um exemplo pueril, mas ilustrativo: observe as jornalistas da TV, em qualquer canal. Todas usam o mesmo cabelo da spice girl, mulher do jogador. Ver esses clones me causou repulsa semelhante à do selvagem John, de Huxley.
Essa postura nos enfraquece. Por não saber o nome ou as dores do meu vizinho, estou sozinha e ele também. Somos vulneráveis, ambos, inclusive e principalmente diante das falsas autoridades que, usando nossa ignorância, facilmente nos colocam uns contra os outros e enganam todos.
4 comentários:
Oi,SARAMAR
Passando pra pedir ajuda dos amigos para um amigo blogueiro que esta muito doente.
Explico hoje lá no RAMSES.
( Desculpe o comentário padrão )
Beijos!!
Saramar que retrato fiel de nossa sociedade moderna..
Minha querida obrigada pelo teu espaço lindo...bjs.
é muito comodo entregar a educção à escola, credo.
Saramar
Ficou muito bom o link lateral divulgando o apelo para o Felippe.
Se Deus quiser, ele ha de conseguir.
Beijinhos
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