BRASIL: UM PAÍS INTERESSANTE

O Brasil vive, sem dúvida, uma fase interessante. Interessante e vergonhosa de qualquer jeito que se olhe, apesar de certas pessoas afirmarem que somos o paraíso, como nem Deus, Nosso Senhor, ousou imaginar.

Não, não vou falar da saúde, tragicamente ilustrada pelos quase 300 bebês mortos em Belém que não mereceram um décimo dos holofotes da igualmente trágica morte de Isabella. Sinal do que é mais importante neste interessante país.

Também não vou falar das escolas sob árvores, dependentes do caminho do sol ou dos tetos de salas de aula que caem sobre as cabeças das crianças, enquanto o Prouni financia faculdades em toda esquina, rivalizando com os botecos.

E, por fim, nem quero tocar no assunto da violência, da mortandade diária a que já nos acostumamos, dos meninos João, o Hélio e o Roberto e de todo mundo que vive sob outra constituição, regulamentada todo dia pelos criminosos alojados em palácios ou favelas.

O que quero dizer mesmo é do non sense em que este interessante país está mergulhado, vivendo como um usuário de alguma droga dessas que impedem o usuário de enxergar a realidade. Da droga, sabemos bem qual é.

O país está entoxicado e, como tal, não consegue perceber seu estado e, se o percebesse em algum momento de lucidez, não encontraria apoio para se livrar daquilo que irá matá-lo, depois de todo sofrimento.

Não há ninguém para apoiar quem não se viciou.

Estamos vivendo o non sense mais realista da história (até nisto, o país é interessante). Neste interessante país, os poderes estão mortos, as entidades estão mortas, as intituições da república estão mortas. Foram todos assassinados pelos bandidos. Os supostos mocinhos que se salvaram passaram para o outro lado e os cidadãos que, quase nem entram nesta história, só aparecem para pagar bem caro pelo fúnebre ritual.

Neste país interessante, a suprema corte cuida de decidir sobre algemas. Algemas!!

O espanto é retórico. Neste interessante país, onde não existem mocinhos, o que mais poderia fazer a suprema corte senão cuidar de algemas, objeto e circunstância relacionados aos bandidos?

O cidadão (alguém dele se lembra?), intoxicado, continua pagando, preso em algemas que nenhuma corte se dispõe a abrir: os impostos que sustentam os bandidos e aqueles que os defendem.

9 comentários:

Anônimo disse...

SOU SEU FÃ,SARAMAR!!

Cadinho RoCo disse...

São de todas as aberrações que surgem a cada dia é que estamos no que deu-me título da publicação de hoje(7/8) no Meu Nosso Blog: Comunismo Rasteiro. Por este texto trato daquilo que entorta comportamentos inteiros que já não conseguem distinguir a leviandade, do corrqueiro. Ou reagimos já, ou asumimos endosso a essa corja que a cada dia invade o Brasil com o que há de pior.
Cadinho RoCo

Anônimo disse...

Pois é amiga Saramar .. se já não bastasse toda essa montanha de algemas (Impostos) que nos aprisionam .. ainda vem a rede Globo com a famigerada campanha CRIANÇA ESPERANÇA querendo nos tomar o pouco que nos sobra .. como eu disse no coment anterior .. ACENAR COM O CHAPEU DOS OUTROS È MUITO FACIL .. será que a minha contribuição vai resolver realmente o problema .. será que os impostos pagos por todos nos, não da pra reverter esse lastimável estado de miséria que assola o PAIS .. até quando estaremos sujeitos a esse interminável passar de SACOLINHAS .. a minha grana acabou .. um beijo grande de um empresário carioca falido .. guto leite
www.chutandoobardi.blogger.com.br

Anônimo disse...

este país vive a máxima de Maquiavel.
Quando ele diz:
'È preciso ser perverso com o outro e agir de tal maneira que o outro nem sequer cogite ou perceba a nossa perservidade com ele'

E assim "os melhores" vão usando e abusando de nós - analfabetos emocionais e políticos.

É a total inversão de valores sendo cada vez mais valorizada nesse nosso mundo.

triste. muito triste.

Unknown disse...

É um post que diz tudo. Veja aqui na minha cidade, rota do tráfigo internacional de drogas, a cidade com o maior número de assassinato de adolescentes do Brasil e NÃO existe sequer uma clinica de recuperação e aquelas existentes, tocadas por voluntários, estão fechando as portas por falta de apoio público. Durante o dia, e posso provar, você não anda 1000 metros sem se deparar com uma usuário de droga, é uma lástima e pior ainda, não existe nenhum projeto a médio prazo que tenha como objetivo a redução de tais índices negativos numa cidade com tantos atrativos. É nosso Brasil andando à passos de carangueijo mesmo.

Beijão

Anônimo disse...

O Brasil há muito perdeu as rédeas da descência, o Lula não governa nada, não possui capacidade de gerenciamento, por isto controla infração com alta de juros, o supremo não dá nem para classificar sua conduta é lamentável. Congresso nacional?
e as oposições? Piada de mal gosto.
Por tudo isso é que o país se encontra no descalabro atual.
Outra coisa, só se pode esperar uma iniciativa do exército se houver clamor popular, caso contrário esqueçam.
Na Russia após a queda do regime comunista, quem comanda aquilo lá é a máfia russa, no Brasil não é muito diferente, aqui se instalaou a MP (Máfia Petista).

Anônimo disse...

O Brasil há muito perdeu as rédeas da descência, o Lula não governa nada, não possui capacidade de gerenciamento, por isto controla infração com alta de juros, o supremo não dá nem para classificar sua conduta é lamentável. Congresso nacional?
e as oposições? Piada de mal gosto.
Por tudo isso é que o país se encontra no descalabro atual.
Outra coisa, só se pode esperar uma iniciativa do exército se houver clamor popular, caso contrário esqueçam.
Na Russia após a queda do regime comunista, quem comanda aquilo lá é a máfia russa, no Brasil não é muito diferente, aqui se instalaou a MP (Máfia Petista).

Anônimo disse...

Não sei o que aconteceu , exclua um comentário.
Airton.

Anônimo disse...

Olá, Saramar!

Escrevo para sugerir que você conheça meu livro "Algumas idéias para um país interesante",que está no site da editora Baraúna. E também para pedir que não fique triste demais pelo nosso interessante país. Há caminhos possíveis para a elucidação desse querido MISTÈRIO.

Um abraço - Humberto