QUAL ESTADO NÃO EXISTIA?

Se José Serra juntasse um turma de secretários, jornalistas e puxa-sacos e saísse pelo interior de São Paulo "vistoriando" obras, sorteando casas, sob o custo de uns R$400 mil, sem dúvida, o seus adversários iriam uLULAr, feito bestas ensandecidas.

José Serra, no entanto, é um homem sóbrio, bem ao contrário de Luiz Inácio que anda, cada vez mais, sem controle. Pelo menos é o que demonstram suas atitudes e suas palavras. Pelo jeito, homem desembestou de vez.

Agora diz que, antes dele, não havia Estado. E pronuncia tal insanidade, justamente no mesmo discurso em que reconhece que seu governo (?) "começou a inaugurar obras". Ora, já não era sem tempo, não? Depois de quase oito anos no poder, alguma realização deveria aparecer. A um ano das eleição que trocarão o presidente (graças, Senhor!), ele começa a "inaugurar obras". Um tanto tarde para quem se manifesta como se fosse o próprio Deus responsável pelo fiat lux.

Talvez Luiz Inácio seja um deslumbrado, mas pode ser também um ignorante; talvez Luiz Inácio seja um ególatra, precisando de cuidados médicos, mas pode também ser um cínico. Um dia, saberemos. De qualquer destes estados, ele consegue envergonhar, constranger e irritar quem o ouve, às vezes, simultaneamente.

Porém, ao afirmar que, antes dele, o Estado não existia, Luiz Inácio apenas mente, de forma deliberada e consciente. Tanto existia o Estado que ele próprio existe, pois como poderia haver o Lula sem o Estado que ele sempre atacou, antes de chegar ao poder? Ele atacava ferozmente algo que não existia? Então, ele sempre foi louco?

A sensação que as palavras de Luiz Inácio provoca é a de alguém que usa toda e qualquer bobagem muito bem arquitetada e direcionada àqueles inocentes que nele acreditam, visando à defesa de seus equívocos pontos de vista.

Mas há um possibilidade de que o Estado, tal qual Luiz Inácio o concebe, com todas as suas funestas características, realmente jamais tenha existido, pelo menos no Brasil: aquele cuja finalidade não é o cidadão e sim, o suposto governante; aquele que serve de abrigo para todo aliado, ainda que desonesto; aquele que defende ideologias que servem justamente para solapar sua estrutura sócio-política; aquele que prioriza outros Estados, desde que estes sejam igualmente governados por falsos, personalistas e ineptos demagogos; aquele Estado, enfim, onde tudo é permitido desde que cometido por aliados do "rei".

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